Teste: Fiat Strada Freedom 1.3 Flex CD – Vale a compra?
outubro 2, 2020Picape evoluiu muito, está melhor equipada e ficou mais confortável, mas por R$ 79.290 ainda vale a compra?
Ela poderia até ter outro nome que ninguém iria se incomodar: a Nova Fiat Strada mudou muito, se renovou e ficou completamente diferente da antiga picape que recebia facelifts desde o seu lançamento no final da década de 90.
Ela poderia até ter outro nome que ninguém iria se incomodar: a Nova Fiat Strada mudou muito, se renovou e ficou completamente diferente da antiga picape que recebia facelifts desde o seu lançamento no final da década de 90.
Sim, a mudança era necessária e foi muito bem executada pela equipe do FCA Design Center Latam, do Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG). Liderados por Peter Fassbender, a nova picape bebe bastante da fonte de outro modelo da Fiat: não, não estou falando da Toro, mas sim do compacto Mobi.
Para se ter uma ideia, a Nova Strada tem a coluna A, para-brisa e porta dianteira do subcompacto. Além disso, por dentro, vem com painel de instrumentos, volante multifuncional e saídas de ar-condicionado do Mobi. Da Toro, a Strada herda os contornos laterais e visual da lanterna traseira. A diferença, no entanto, fica para a abertura da tampa traseira que tem abertura total, enquanto na Toro essa abertura é dividida, como em portas.
A Strada é fabricada sob a nova plataforma MPP e, como é notório, cresceu: 1,73 m de largura, 2,73 m de entre-eixos, 4,48 m de comprimento e 1,59 m de altura. A caçamba das versões com cabine dupla possui 650 kg de capacidade e 844 litros de volume.
Motor
A Strada Freedom com cabine dupla, versão que avaliamos, vem com a mesma mecânica 1.3 8V Flex das outras versões – com excessão da Endurance que ainda utilizar o antigo 1.4 Fire – que rende até 109 cv e 14,2 kgfm. O câmbio é manual de cinco marchas, mas peca principalmente na imprecisão dos engates e no curso muito longo.
O conjunto é mais do que suficiente para fazer a Strada ser ágil no trânsito urbano, mas a primeira marcha muito curta é incômoda em cada saída de semáforo. No entanto, essa característica ajuda bastante quando a caçamba está carregada e em subidas íngremes.
Ela também bebe de acordo: 7,5 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada, ambas as medições com etanol no tanque e com ar-condicionado ligado o tempo todo.
Suspensão
Talvez aqui esteja o maior mérito da picape em sua nova geração: tem comportamento urbano mais agradável, bastante semelhante ao da Toro, mas o conjunto traseiro de eixo de torção e mola semielíptica (ou feixe de mola, como preferir) deixam o conjunto mais rígido, mostrando a vocação da picape para carregar peso.
Equipamentos
A Strada Freedom 1.3 Flex com cabine dupla vem de série com ar-condicionado, direção com ajuste de altura, computador de bordo, iluminação diurna DRL, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, protetor de caçamba, iluminação de caçamba, quatro airbags, sistema E-Locker, que ajuda em situações de baixa aderência, direção eletroassistida, trio elétrico, sensor de pressão dos pneus, alça para passageiro, faróis de neblina, para-choques, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria e rodas de liga aro 15.
A versão que avaliamos continha o Pack Tech+ que, por R$ 2.990 adicionais, acrescenta a ótima central multimídia com tela de 7 polegadas com conectividade Android Auto e Apple CarPlay sem fio, sensor de estacionamento e câmera de ré e protetor de cárter (R$200).
Veredicto
A Nova Strada evoluiu muito e mantém preço competitivo contra as principais rivais do mercado como a VW Saveiro Robust, Chevrolet Montana e Renault Oroch, mas pra quem era fã da antiga geração da picape pode sentir falta de sua simplicidade.
Mas pelo preço praticado a Strada vai continuar relevante no mercado e voltará a abocanhar os clientes que viam nas picapes pequenas uma propostas interessante para o dia a dia, principalmente, com a melhoria no espaço interno para os ocupantes traseiros.