Teste: motivos para ter o Honda HR-V EXL em sua garagem

Teste: motivos para ter o Honda HR-V EXL em sua garagem

dezembro 3, 2019 Off Por Fernando Naccari

Avaliamos o modelo topo de linha da marca com motorização flex e contamos todos os seus detalhes sobre dirigibilidade, conforto, desempenho, consumo de combustível e itens de série

Fotos: Edgar Klein

O Honda HR-V passou por um tapa no visual para reerguê-lo no mercado nacional, onde habita nossas ruas desde meados de 2015, mas já como modelo 2016.

De lá para cá, a versão 2020 traz novos faróis, para-choques redesenhados, novas rodas e um talento especial nos materiais de seu interior. O modelo avaliado foi cedido pela Honda para a nossa avaliação e é a versão “topo de linha” com mecânica Flex, a EXL. Acima dela só a turbinada Touring.

Motor e Câmbio

O motor é o bom e velho 1.8 16V Flex de até 140 cv de potência e torque de 17,4 kgfm, ambos valores medidos com etanol. O câmbio também permanece o mesmo CVT que simula até sete marchas quando opta-se pelas trocas manuais em aletas atrás do volante.

O desempenho é bom na cidade e o câmbio propicia trocas suaves e praticamente imperceptíveis. Mas se você exigir um pouco mais no acelerador vai perceber que a rotação do motor sobe demais antes do conjunto oferecer o desempenho desejado.

Essa lentidão nas respostas do CVT é o que depõe contra ele. Quem prefere dirigir de maneira mais suave irá amar seu comportamento, mas quem é ‘pé-pesado’ vai passar raiva.

Quando falamos em consumo, também era possível ser um pouco melhor: 8,4 km/l no circuito urbano, com ar-condicionado ligado 100% do tempo e com gasolina no tanque. É, gasolina. Beberrão se pensarmos que tem SUV desta categoria que faz média pouco menor, mas com etanol.

Suspensão, conforto e freios

É o Honda mais agradável de dirigir na cidade. Como costumo dizer, os Hondas tem calibração de suspensão tendendo à dureza, fato que faz com que os carros (e os ocupantes) sofram em terrenos mal pavimentados.

No caso do HR-V, a calibração é mais macia e o conjunto McPherson dianteiro e eixo de torção traseiro oferecem conforto na medida certa.

A anatomia dos bancos também ajuda na ergonomia à bordo, com comprimento e largura que abraçam bem o corpo dos ocupantes da dianteira.

Por falar em bancos, na versão EXL eles são revestidos em couro ecológico e tem regulagem de altura e profundidade para o motorista. O volante também permite regulagem e isso facilita bastante uma condução mais agradável para a grande maioria das pessoas.

O ponto negativo da ergonomia continua na conexão USB posicionada abaixo do console do câmbio. É preciso fazer malabarismo para encaixar seu smartphone na porta correspondente e usufruir da conectividade com a central multimídia.

Itens de série

Entre os destaques, estão ar-condicionado digital (de uma zona), direção elétrica com regulagem de altura e profundidade, seis airbags, controle de tração e estabilidade, faróis com projetor e LED diurno, lanternas traseiras de LED, retrovisor com rebatimento elétrico e central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay.

Veredicto

Está entre os SUVs mais confortáveis do mercado, empatado com o Nissan Kicks (veja nossa avaliação), tem desempenho agradável na cidade e um ótimo conforto a bordo, mas o consumo poderia ser melhor e o funcionamento do câmbio não agrada à todos.

Ele estaria na minha lista de SUVs caso eu fosse comprar um, mas faria um test drive antes no Jeep Renegade Limited e no Kicks SL para entender qual atenderia melhor à minha rotina.

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