5 Dicas: tudo o que você precisa saber antes de comprar um carro elétrico
janeiro 15, 2019Com a oferta de veículos elétricos aumentando em nosso País, com os recentes anúncios do Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe, que se juntam ao até então solitário BMW i3, você já deve ter se perguntado: devo comprar um carro elétrico?
Bom, além dos preços que ainda são considerados salgados para o nosso mercado – com o Renault Zoe sendo o carro elétrico mais barato comercializado em nosso País, com preços a partir de R$ 149.990 -, outros fatores devem ser considerados e vamos listá-los abaixo para que você possa esclarecer de vez esta dúvida.
Dica 1: a autonomia é suficiente?: antes de você considerar a compra de um carro elétrico, a primeira pergunta que você deve fazer a você mesmo é: quantos quilômetros eu percorrerei com o carro por dia? Essa pergunta é importantíssima, porquê dificilmente você terá um ponte de recarga adequado ou no local de destino, ou mesmo no trajeto até lá.
Na média, os carros elétricos costumam oferecer autonomia de 200 km, mas a utilização em trânsito intenso com ar-condicionado ligado e demais acessórios, como rádio, faróis e etc., fará com este alcance seja reduzido.
Portanto, faça as contas de quantos quilômetros você roda por dia (considerando trajeto ida e volta, a escapadinha para ir ao shopping, mercado, escola) e confira de quanto em quanto tempo você precisará fazer a recarga das baterias.
Dica 2: se você for carregar as baterias em casa, atenção!: Saiba que a potência da rede doméstica é mais baixa que a dos postos de carregamento. Considerando isso, é preciso saber que a recarga em casa demorará mais horas do que em um posto exclusivo para esta finalidade.
Além disso, o equipamento de recarga que acompanha o veículo exige que a rede elétrica possua aterramento funcional, ou seja, é preciso que o pino central da sua tomada não seja somente um guia para os outros dois. Sabendo disso, antes de comprar um carro elétrico, consulte um especialista e peça para ele realizar uma análise de sua rede doméstica. Algumas fabricantes de veículos possuem um serviço semelhante, no qual lhe darão um laudo comentando sobre as adaptações necessárias.
E estas adaptações são necessárias somente para deixar sua residência apta para carregar o veículo no “modo normal”. Nesta condição, em média, a bateria terá 100% de recarga num prazo que pode variar entre 8h e 12h, dependendo do modelo de veículo.
É possível também acelerar este processo comprando um kit de recarga rápida vendido como acessório para os veículos. Nestes casos, a própria fabricante normalmente realiza a instalação e o tempo de recarga total da bateria pode cair pela metade.
Dica 3: Vai recarregar na tomada do trabalho?: Aqui valem as mesmas regras para as residências. É necessário conferir as condições da rede elétrica local e sua capacidade. Não baste ter uma tomada disponível, ele precisará estar apta para a recarrega de um carro ecológico.
Dica 4: há postos de recarga no trajeto?: Pode ser uma ótima opção caso em sua região exista postos de recarga públicos. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, por exemplo, alguns shoppings possuem vagas cativas para os veículos elétricos com postos de recarga gratuitos, no entanto, atualmente estas vagas não costumam passar de 5 por empreendimento. Com o aumento da oferta e aquisição destes veículos, pode contar que será difícil você encontrar essas vagas disponíveis.
Nestes locais, os pontos de recarga possuem tomadas de recarga rápida, nas quais bastam cerca de 2h para completar 80% da autonomia.
Dica 5: os incentivos fiscais e de mobilidade podem compensar: o primeiro baque na compra de um veículo elétrico, como já mencionamos, é o preço. É preciso saber que o preço já foi maior (quase 50% do preço de venda já for composto apenas de impostos).
O PIS/Cofins corresponde a 11% do total, e o ICMS mais 18% (em São Paulo). Aí você soma o IPI a este montante – que com o Rota 2030 cairá de 25% para 7% – e você terá o valor dos impostos referentes. Felizmente a taxa de importação foi isentada para os elétricos e híbridos, o que deixa o valor final um pouco menor. Mas outros tributos corriqueiros continuam, como IPVA, DPVAT e afins.
Alguns Estados tem programas de incentivo diferenciados, como São Paulo que dá 50% de desconto do IPVA para os carros elétricos e híbridos, além da isenção do rodízio municipal.
Olhando sob este prisma, você pode ter um carro elétrico no Estado de São Paulo (por exemplo) pagando somente 2% do valor venal do veículo de IPVA e ainda estar isento do rodízio. Pode parecer pouco e, se somado ao fato de ter a possibilidade de recarregar as baterias do veículo no trabalho ou em um ponto de recarga gratuito, por exemplo, você terá, além de tudo, mobilidade à custo de abastecimento zero.
E aí, colocando os valores no papel, para você vale a pena?