5 Dicas: para não deixar o motor ferver e você “esquentar a cabeça”
outubro 30, 2018Não há segredo, se você quer ter um carro confiável e “pau para toda obra”, é vital conferir semanalmente o estado de todo o sistema de arrefecimento. Caso você deixe de lado, os problemas inerentes ao descuido podem ir desde um furo no radiador até a um motor travado. Como sabemos, uma retífica de motor é um dos serviços mais caros a serem feitos em um veículo.
Para evitar que isso aconteça, aqui vão “5 Dicas” para deixar o seu motor tinindo e você de cabeça fria.
1) Painel do veículo: É o primeiro e melhor indicativo de que há algo de errado com o sistema de arrefecimento do seu carro. Em veículos que possuem marcador de temperatura, esteja sempre atento para esta esteja sempre na metade e, qualquer indício de alteração, seja para cima ou para baixo (sim, temperatura estável, mas baixa, também indica problemas), é bom levar o veículo ao seu mecânico de confiança para conferir o que está ocorrendo.
No entanto, alguns modelos mais novos não possuem o marcador. Nestes casos, quando a luz vermelha acender no painel, talvez possa ser tarde demais para evitar que o pior aconteça. Neste caso, os próximos passos são fundamentais.
2) Mangueiras: Faça uma inspeção semanal no estado das mangueiras dentro do cofre do motor. Caso não saiba quais são elas, acompanhe aquelas que saem do reservatório do líquido de arrefecimento até o radiador. Nestas, confira se há ressecamentos e micro rachaduras. Perceba também se as mangueiras tem aspecto estufado e, se em suas conexões, há pequenos vazamentos de líquido do arrefecimento, normalmente com coloração igual ao do líquido presente no reservatório. Caso note algo, converse com seu mecânico para aplicar o reparo indicado.
3) Radiador e ventilador (ventoinha): O radiador também pode apresentar vazamentos, mas nem sempre são notados. Isso acontece, pois geralmente este ocorre somente quando há pressão do líquido em seu interior e, com o carro em movimento, o nível baixa e o condutor acaba não percebendo. Assim, confira se há pontos com coloração semelhante ao do líquido do arrefecimento, ou então, se a peça apresenta pontos de ferrugem. Há produtos que prometem “vedar furos” do radiador, mas lembre-se que isso não é um reparo definitivo, mas sim uma correção temporária para que a peça seja reparado em definitivo.
No caso do ventilador (ventoinha), note se este liga e desliga nos momentos certos. Caso perceba que a ventilação começou a funcionar mais demoradamente, ou se atua por muito tempo, é bom avisar isso ao seu mecânico.
4) Reservatório de expansão e tampa: São os mais fáceis de notar sobre algum problema no sistema. Caso o interior do reservatório tenha aparência turva, incluindo o aspecto do líquido, isso indica que há ferrugem no interior do motor e que o sistema há tempos não trabalha com a solução correta.
Se o seu motor está baixando o nível do líquido do arrefecimento com frequência cada vez maior, é bom conferir se a tampa já não perdeu a sua função de vedação e de pressurização do sistema. Caso ela apresente defeito, pode causar superaquecimento do motor e danos bastante severos ao conjunto. Alguns fabricantes recomendam que a tampa seja substituída a cada 2 anos ou 50 mil quilômetros.
5) Líquido do arrefecimento: Não caia na cilada de colocar somente água da torneira no reservatório de expansão do seu carro. O aditivo tem a função de alterar o ponto de ebulição do líquido (não deixando a água ferver aos 100ºC), alterar o ponto de congelamento (não deixando o líquido congelar a 0ºC) e também proteger todo o conjunto contra a corrosão. Nas primeiras vezes, você pode achar que está tudo bem por não mudar em nada o comportamento do sistema quando você colocar água da torneira, no entanto, isso diminuirá a proporção do aditivo e, a cada abastecimento, esta diluição fará com que o bloco do motor – fabricado essencialmente em ferro fundido – fique sujeito à corrosão e o conjunto à falha.
Esta corrosão também poderá ocorrer no radiador, válvula termostática e demais itens do sistema de arrefecimento, prejudicando o seu funcionamento e levando o conjunto à falhas. Estas falhas podem ser desde um vazamento até a queima da junta do cabeçote (quando o líquido do arrefecimento do motor invade à câmara de combustão), causando o seu empenamento e até o travamento do motor. Por isso, sempre utilize o líquido do arrefecimento indicado pela fabricante do veículo indicado no manual do proprietário.
Não é necessário seguir à risca a mesma marca, mas é fundamental que sempre a mesma especificação seja obedecida. O primeiro ponto a se notar é sobre o tipo do líquido, que pode ser orgânico ou inorgânico. Na dúvida, siga pela cor presente dentro do reservatório.
Outro ponto a se seguir é a diluição entre água desmineralizada e o aditivo. Esta diluição pode variar entre 40% de água desmineralizada e 60% de aditivo, até a 50% de cada um no sistema, portanto siga o que o fabricante do veículo recomenda. Na dúvida sobre a diluição entre eles, compre o aditivo já diluído.