O fim dos combustíveis fósseis? Cientistas descobriram uma alternativa!
outubro 25, 2016A triste expectativa pelo fim dos combustíveis de origem fóssil têm feito as grandes fabricantes de veículos se mexerem para criarem propulsores que funcionem com um combustível mais limpo e, de preferência, renovável.
Com isso, muitas alternativas foram criadas, como: veículos elétricos, híbridos e o tão falado downsizing, que consiste, basicamente, na redução do tamanho dos motores para favorecer, principalmente, na diminuição do consumo de combustível e torná-los mais eficientes.
Mas os apaixonados pelo bom e velho ciclo Otto podem “respirar” fundo e comemorar, pois acidentalmente, engenheiros descobriram como converter CO2 em combustível. Sim, isso não é um sonho. A descoberta acidental se deu por pesquisadores do Departamento de Energia do Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos EUA. Eles desenvolveram um processo que pode conseguir transformar “poluição” em etanol, usando um catalisador.
Se pensarmos que, recentemente o planeta Terra atingiu seus mais altos índices de CO2 atmosférico em milhões de anos, graças à poluição causada principalmente, por queima de combustíveis, esta descoberta significa que poderemos “reciclar a poluição”.
“Nós descobrimos por acaso este material”, disse um membro da equipe, Adam Rondinone sobre o catalisador. “Nós estávamos tentando estudar o primeiro passo de uma reação, quando percebemos que o catalisador estava fazendo toda a reação por conta própria”.
Segundo Rondinone, ele e os demais pesquisadores produziram um catalisador utilizando carvão, cobre e nitrogênio, com o incrível tamanho de 50 a 80 nanômetros de altura. (1 nanômetro = um milionésimo de milímetro).
Assim, aplicando uma corrente elétrica de 1,2 volts, o catalisador converteu uma solução de CO2 dissolvido na água direto em etanol, com um incrível rendimento de 63%. De acordo com os cientistas, isto se dá por dois motivos: primeiro, porque o processo de combustão usou uma quantidade muito modesta de energia elétrica, e, segundo, porque foi capaz de fazer a conversão simultaneamente, atingindo um rendimento relativamente elevado de etanol. Estes rendimentos só foram alcançados graças à nanoestrutura do catalisador, que possui fácil manuseio, o que lhe permite ajustes para alcançar os objetivos desejados: “Ao usar materiais comuns, mas organizando-os com nanotecnologia, nós descobrimos como limitar as reações colaterais e acabar com a única coisa que queremos”, disse Rondinone.
Outra vantagem deste processo é catalisador ter base a partir de materiais de custo baixo e que podem ser operados à temperatura ambiente. Todas estas vantagens tornam o processo viável para utilização em larga escala, além do produto final ser totalmente apto para utilização.
Se as expectativas se confirmarem e o etanol começar a ser produzido desta forma, isto pode ser a “salvação” para o motor à combustão. Além disso, países que produzem o combustível utilizando grandes plantações, como os provenientes de cana e milho, podem aproveitar o plantio para cultivo de alimentos.
Já, quando falamos em poluição atmosférica, não podemos garantir que isso trará melhorias, pois só o tempo dirá se este processo será eficiente do ponto de vista ecológico, mas se pelo menos mantiver o planeta sob os índices atuais, já será uma grande vitória.
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Fonte: ScienceAlert