Monster Jam: um show à parte para os amantes de carros
dezembro 17, 2018Não há como negar: os americanos sabem mesmo fazer eventos. Realizado no último sábado (15), na Arena Corinthians, São Paulo, o Monster Jam foi um prato cheio para a família, mas com certeza mexeu com a paixão dos loucos por carros.
O evento reuniu um bando de loucos – não, não estamos falando da fiel torcida corintiana – mas de um grupo de pilotos insanos que saltam e fazem manobras que desafiam a lógica com com seus gigantescos e preparados monstros.
Quem conseguiu chegar cedo, teve a oportunidade de conhecer as estrelas da apresentação, tirar fotos com os pilotos e ainda pedir alguns autógrafos. Mas, só quando foram chamados para a Arena é que mostraram o quão maluco dá para ser com um volante em mãos e com um V8 big block logo atrás.
Aproveitando o gancho, a ficha técnica do Monster Jam é absurda:
- Peso: 5,4 Toneladas;
- Altura x largura x comprimento (m) : 3,6 x 3,6 x 6;
- Dimensões dos pneus: 167 cm x 109 cm – em uma roda de 6,5 cm;
- Motor: Big Block American 9,4 L V8 com injeção e supercharged – potência: 1.500 hp (em média);
- Combustível: Metanol;
- Consumo: 17 litros por quilômetros;
- Amortecedores: de 20 a 32 polegadas com suspensão ajustáveis de nitrogênio ou Coilovers.
As apresentações
O Monster Jam configura-se numa disputa de insanidades, que mistura a ousadia dos pilotos com a resistência e desempenho dos seus bólidos.
A primeira disputa é em um formato eliminatório entre duplas, na qual vence o piloto que completar duas voltas à frente do adversário com somente uma rampa de obstáculo. Nesta etapa, venceu Armando Rodrigues, do El Toro Loco. Ah, a votação era realizada pelo público, em tempo real.
A segunda disputa, dessa vez em um “todos contra todos”, vencia quem surpreendesse mais o público com os “donuts“, ou com os ‘cavalos de pau’, como conhecemos aqui no Brasil. Mais uma vez, Armando Rodrigues levantou o público (e muita terra) e venceu no voto popular.
Uma pausa estratégica foi feita e chegou as vez das motos mostrarem suas manobras em saltos inacreditáveis. A seletiva iniciou em um “todos contra todos” e, sem seguida, os três mais votados disputaram entre si. Venceu o brasileiro Fred Kyrillos (claro, mas também ele mandou muito bem).
A última e mais esperada disputa entre os trucks foi a “Freestyle“, na qual cada um tinha dois minutos para fazer suas manobras. Dessa vez, El Toro Loco não foi o melhor, e foi Max-D que levou o público à loucura em um looping alucinante, repetido depois por Grave Digger, mas sem tanto glamour.
Mas, na somatória dos pontos do dia Armando Rodrigues foi o melhor e foi eleito o grande vencedor.
Um baita evento para quem pôde acompanhar pela primeira vez, mas menos alucinante para quem esteve no último ano na Arena Corinthians. Talvez o formato que dividiu as apresentações em duas tenha sido melhor para arrecadação, mas fez com que o evento ficasse mais enxuto e, para quem acompanhou a primeira sessão, ficou a impressão de que os pilotos pouparam equipamentos para a apresentação noturna.