Estudantes conseguem controlar Tesla só com o poder da mente

Estudantes conseguem controlar Tesla só com o poder da mente

janeiro 20, 2017 Off Por Fernando Naccari

A ideia de futuro sempre foi um pouco deturpada em nosso cotidiano. Para quem nasceu até meados dos anos 1980, a modernidade era ver carros voadores e robôs inteligentes. Hoje já vemos incríveis projetos de robôs funcionais e outros com aparência bastante semelhante as dos seres humanos (mas, até agora, sem casos de dominação da humanidade rsrsrs).

No mundo automotivo, ainda não vimos cidades tomadas por carros voadores, mas já há casos de sucesso de veículos que se “dirigem sozinhos”, como os Tesla atuais que, além disso, podem “intuir” sobre um acidente e preveni-lo, preservando a vida e a saúde dos ocupantes.

 

Agora, estudantes da Universidade de Berkeley, na California, desenvolveram um projeto que vai muito além de um veículo que “se dirige” sozinho: um Tesla que pode ser dirigido com o “poder da mente“. Não, isso não se trata de ficção científica, mas sim do projeto Teslapathic que foi apresentado como parte do evento Cal Hacks.

Mais do que controlar um carro, a ideia era mostrar como os humanos poderão trabalhar em conjunto com as máquinas, unindo-se à inteligência artificial. Para que fosse possível controlar o Tesla só com o pensamento, foram necessários alguns ingredientes especiais, como um eletroencefalograma que analisa o que a pessoa está pensando e o diferencia entre o “andar” e “parar”, enviando a informação por um sinal analógico via rádio-controle, que controla a força nos pedais e o movimento do volante.

São necessário ainda mais três sistemas de controle:

OpenBCI: que é uma interface eletrônica que fica entre o cérebro e o computador de código open source, ou seja, que pode ser modificado ou usado por qualquer um. Neste caso, utilizado para aprender sozinho quais são as ordens do cérebro:

Conversor analógico: à rádio para modelos telecomandados da Futaba, ligado a um Arduino, que modifica o sinal do rádio para uma ação requerida pelo “motorista”, trabalhando em conjunto com um giroscópio;

Hardware de controle;

Atuadores ligados aos pedais;

– Um simples motor de limpador de para-brisas ligado a um potenciômetro para poder mover o volante.

Com estes comandos devidamente lidos pelo sistema, quando for determinado para o carro “avançar”, ele movimenta-se. Quando a ação for “parar”, ele freia e o movimento do giroscópio faz o sistema que controla o carro reconhecer as mudanças no trajeto. De acordo com o pessoal do Teslapathic, a parte mais difícil foi fazer a interface eletrônica reconhecer os comandos de “anda-pára”, mas o mais incrível foi terem conseguido isso em somente 36 horas de trabalho.

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Vídeo: Teslapathic

Foto: Casey Spencer, Teslapathic