Teste: Lexus NX300h Luxury – Híbrido imponente
outubro 1, 2019Luxuoso, com design moderno e conforto de sobra, modelo é uma das apostas mais altas no segmento de híbridos japoneses no País, mas mesmo assim, peca no alto consumo
Fotos: Edgar Klein
O SUV de luxo da Lexus foi produzido sob a base da geração anterior do Toyota RAV4, mas não tem nenhum demérito neste aspecto. Do modelo à combustão, herda o bom porte e o espaço interno. De resto, é um carro completamente novo.
Destaque para o arrojado design do exterior, com faróis full-LED, setas dinâmicas e enorme grade dianteira. O logo da Lexus, como é padrão na Toyota, tem fundo azul para identificar uma versão híbrida.
De lado, destaque para as enormes rodas de 18 polegadas, que contrastam com a estreitada área envidraçada. Atrás as lanternas também são em LED e tem formato de “L deitado” , como é a identidade visual da marca.
Por dentro, toques de modernidade contrastam com tecnologias que não casam bem com a proposta, como a central multimídia que tem controle via “touchpad” e não é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Além disso, no console central, os botões são muito pequenos e confundem de início, mas com o tempo você acaba acostumando.
Bem equipado?
O preço é superior aos R$ 240.000 e o modelo traz, de série, bancos elétricos, faróis full-LED, ar-condicionado bizona, chave presencial e volante com ajuste elétrico – que abre espaço para você entrar e sair – multimídia maior com TV Digital (que só reproduz imagens com o veículo em movimento), teto solar e bancos traseiros rebatíveis eletricamente, entre outros. O destaque negativo fica pela falta de recursos semiautônomos, quase que obrigatórios para a sua categoria e faixa de preço.
Powertrain
Com a chegada da era híbrida o NX300h perdeu desempenho. A versão térmica gerava 238 cv e 35,7 kgfm, mas agora chega com motor a gasolina de 155 cv e 21,4 kgfm, um elétrico dianteiro que gera 143 cv e 27,5 kgfm, mas que na prática, não tem seus números somados. O valor disponível agora é de 194 cv e o torque não foi divulgado pela fabricante. Há outro motor elétrico instalado no eixo traseiro, com 67 cv, mas que tem função de recuperar energia cinética, atuando apenas em saídas da imobilidade ou em casos de perda de aderência, ajudando a recuperar o controle do veículo.
Deixando claro, o desempenho não é ruim, na verdade ele se dá muito bem em trajetos urbanos e mostra vitalidade. Na estrada ele também não passa sufoco, mas quem já dirigiu a versão anterior acaba torcendo o nariz. Vale lembrar que o NX 300 era conhecido como o “Toyota para os jovens” com mecânica biturbo e câmbio automático convencional de seis marchas.
Na versão híbrida, a perda de potência é ressaltada pelo câmbio CVT de seis marchas simuladas, que primam pela economia de combustível e conforto de rodagem.
A suspensão é macia e propícia um rodar elogiável. É o melhor ponto do carro, sem sombra de dúvidas. Isso e o bem-vindo ar-condicionado individual até nos bancos do motorista e passageiro, com função frio e quente.
Outro fato interessante é que, quando alteramos o modo de condução no seletor do veículo, na função ECO, o sistema reduz o desempenho do conjunto e trabalha na recuperação de energia e no uso maior do motor elétrico; na função normal o sistema identifica qual a melhor opção para o
funcionamento do conjunto, independente se haverá aumento do consumo; na versão Sport o motor a combustão é utilizado sozinho ou em conjunto com o elétrico e o foco é no desempenho. Ah, nesta última função, o painel digital muda a função de economia de combustível para um conta-giros.
Mas bebe…
Mesmo sendo um veículo de apelo ecológico, o NX300h decepciona no consumo de combustível: 12 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada. É pouco e é algo que deve ser revisto em uma futura geração.
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