Comprar um carro usado não é uma tarefa simples, pois muitos são os fatores que podem tornar um “sonho realizado” em um verdadeiro pesadelo. Mas, nesta primeira matéria do “5 Dicas Naccar”, você poderá se armar contra as armadilhas do mercado e, mesmo comprando um carro usado, escolher o modelo ideal para você.
1) Qual tipo de veículo atende ao que você precisa?
Essa é a primeira pergunta que você deve fazer a si mesmo antes de iniciar uma pesquisa. O mercado de automóveis é muito amplo e composto de múltiplos segmentos que visam atender a diversas necessidades dos usuários. Com isso, antes de escolher um modelo, lembre que ele participa de um segmento (hatch, sedan, monovolume, peruas, SUVs e etc.) e estes oferecem características de uso bastante diversificados. Assim, determinados modelos podem lhe atender mais do que outros.
Dentro dos mesmos segmentos, há veículos de mesmo modelo, mas com motorizações diferentes. Portanto, saiba se você precisa de um carro mais econômico para o uso diário no trânsito ou se busca um para viajar aos finais de semana. Caso precise pegar estrada com frequência, evite os 1.0, pois neste circuito tendem a ser menos econômicos (e confortáveis) que carros de cilindrada maior.
2) Verifique o custo de manutenção e falhas recorrentes
Munido de suas informações anteriores, pesquise sobre a reputação do veículo. Uma boa fonte de pesquisa está no link
(exemplo carro usado). Neste, você pode pesquisar sobre qualquer carro e vê sair “da boca” do proprietário o que ele tem a falar sobre o veículo. Pode até não parecer de início, mas quando você notar que muita gente reclama de um mesmo problema, isso indica que você terá de se preparar para enfrentar um problema recorrente e, muito provavelmente, será um dos motivos para o carro te deixar na mão em alguma oportunidade.
Outra dica é, quando for avaliar o veículo, pergunte sobre os recentes reparos realizados. Normalmente, um dono cuidados costuma guardar as notas fiscais dos serviços e, aqueles mais cuidadosos, inclusive, criam um manual de manutenção, com o histórico total de cuidados do seu possante. Caso o carro que for comprar o tenha, pode continuar para a próxima dica, tranquilo, caso o atual proprietário (ou loja) desconversem sobre o assunto, é bom fugir, ou então, não custa nada chorar o preço e mostrar para o vendedor que você sabe bem aonde está se metendo. Lembre ainda que o interessado na venda é ele e quem tem a opção de compra é você. A bola do jogo é sua ;).
Um ponto fundamental na escolha e que quase ninguém se atenta é o custo de manutenção envolvido para manter o carro sempre rodando. Portanto, antes de você fechar os olhos e seguir o que o coração está mandando (acredite, ele vai te enfiar em várias roubadas), pesquise o preço de itens como discos, pastilhas e sapatas de freio, óleo de motor, velas de ignição, amortecedores e molas de suspensão, embreagem (em veículos com câmbio manual) e velas. Independente de qual carro você compre, estas peças farão parte da sua rotina e devem caber no seu orçamento. Nem sempre o melhor encontrado é o que está no melhor preço, mas sim aquele que, no conjunto da obra, você poderá manter sem grandes preocupações.
Caso você não tenha um mecânico de confiança, acesse sites de compra e venda de produtos e, no campo de busca, escreva o nome da peça seguido do nome do carro, motorização e o ano de fabricação. Com estes dados você terá uma boa noção dos custos.
3) Comprar em lojas ou de particulares?
Essa é uma questão bem complicada e envolve muitos mitos. Muita gente pensa que comprar carro de particular é arriscado e inseguro, o que não deixa de ser verdade, mas não regra. Comprar carro em lojas multimarcas também pode ser um pesadelo, pois há lojas que costumam “maquiar” muito seus veículos e impor à você que quem está saindo no lucro na compra é você, e não a loja.
Outra vantagem em comprar de um vendedor particular é a oportunidade de pedir um desconto no valor final. Sempre, eu afirmo que sempre que um particular anuncia seu veículo para uma venda, põe o valor acima do que realmente deseja receber, esperando já pelo pedido de desconto e chegar na sua margem desejada. Portanto, pode pedir desconto sem medo de ver cara feia. Já em uma loja isso é raríssimo de acontecer, pois se você não quiser pagar o que eles desejam, logo vem alguém e fecha o negócio 🙁
É mito também quem acha que comprar carro de particular envolve o pagamento à vista. Hoje, há empresas que financiam um carro particular, realizando o pagamento por completo ao atual proprietário e gerando o boleto mensal ao novo comprador.
4) Pesquisa, avaliação e compra
A velha amiga internet é a melhor ferramenta para sua pesquisa. Sites especializados são bons locais em que você pode encontrar verdadeiros achados! Nestes, você pode incluir filtros para achar o veículo exatamente como deseja, com os acessórios que pretende e, o mais importante, no preço que caiba no seu bolso. Lembrando que, com essas pesquisas, você cria uma boa base de preços do modelo desejado e consegue começar a avaliar o que é ou não um bom negócio.
Quando marcar de ver um veículo (no caso de particulares), procure locais públicos e de grande movimentação de pessoas. É importante também nunca ir sozinho e convidar seu companheiro de aventuras, seja ele mecânico, pai, irmão, amigo ou curioso, mas alguém que esteja lá para auxiliá-lo com opiniões válidas e que, poderá lhe deixar mais seguro(a) quando for avaliar o veículo e, principalmente, encontrar alguém desconhecido.
Lá, principalmente, note se o carro ligado apresenta emissão de fumaça visível no escapamento, seja ela de qualquer cor (branca, acinzentada, azulada ou preta). Isso pode indicar que o motor apresente um defeito de moderado à grave e que necessite de retífica, serviço dos mais caros a ser feito em um veículo. Portanto, mesmo que seu coração se apaixone, a menos que você consiga um desconto proporcional ao serviço que irá ser realizado, não entre nessa. Consulte sempre seu mecânico de confiança e, se necessário, combine com o vendedor de levarem o carro para uma avaliação em uma oficina especializada. Somente dessa forma você terá uma boa avaliação do risco que enfrentará.
Comprando em loja ou não, sempre faça o test-drive! Com ele, você poderá avaliar se a suspensão do veículo apresenta ruídos, se o pedal da embreagem está duro, se o engate das marchas estão precisos e se o motor não está apresentando falhas, por exemplo.
5) A documentação do veículo
Tão importante quanto um automóvel com boa mecânica e aparência é ter sua documentação regularizada. Antes de bater o martelo, munido do número do RENAVAM e placa do veículo desejado, consulte junto a um despachante ou no próprio DETRAN de sua cidade como está a documentação do possante. Documentos atrasados, transferências de documento pendentes e IPVAs sem pagar podem tirar o seu sono para serem regularizados junto aos órgãos competentes e, geralmente, nenhum carro vale essa dor de cabeça.
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