Teste: Toyota Yaris Sedan XS 1.5 CVT – melhor opção do segmento?

Teste: Toyota Yaris Sedan XS 1.5 CVT – melhor opção do segmento?

julho 8, 2019 Off Por Fernando Naccari

Fotos: Edgar Klein

Para detalhes sobre dirigibilidade, consumo e conforto a bordo, confira a avaliação abaixo:

Para saber todos os detalhes sobre itens de série, acessórios e detalhes do visual do Yaris, confira o vídeo abaixo:

O Toyota Yaris não é, essencialmente, um carro novo. Embora tenha chegado ao Brasil em meados de 2018, a versão comercializada no Brasil é a mesma já comercializada no mercado asiático desde 2013.

Mas este projeto “antigo” tem tudo para dar certo em nosso País. O Yaris consegue equilibrar um bom conjunto mecânico, herdado do irmão menor Etios, com um conforte de rodagem elogiável, bastante parecido com o presente no Corolla.

É com estes atributos que, ao que tudo indica, o Yaris aposentará o irmão menor e fará com que o Corolla ganhe um upgrade de categoria, algo que deve ocorrer no último trimestre deste ano.

Visual

O Yaris agrada por ser bastante diferente do restante da linha japonesa. A dianteira traz grandes faróis de perfil afilado, para-choques com apliques plásticos que imitam grandes aberturas de ar e capô com porção central projetada, evidenciando o emblema da marca.

Na traseira, o visual é bem mais simples com a lanterna que repete o conceito dos faróis. No entanto, este layout associado aos grandes para-choques e à tampa do porta-malas sem grandes recortes, fazem com que o conjunto lembre ao do empregado no Hyundai HB20S.

Por dentro, no entanto, o modelo surpreende positivamente, pois tem visual melhor até que o do Corolla atual. A central multimídia tem boa qualidade de reprodução de áudio, mas peca pela incompatibilidade com dispositivos Android. Quem tem smartphones da Apple, no entanto, conseguem espelhar funções na tela, como Spotify e Waze, por exemplo.

Mecânica

Testamos o comportamento do Toyota Yaris Sedan na versão XS, que vem com motor 1.5 16V de 110 cv (E) / 105 cv (G) a 5.600 rpm e 14,9 kgfm (E) / 14,3 kgfm (G) a 4.000 rpm e câmbio CVT que simula sete marchas.

Na prática, o comportamento é bem melhor do que os números apontam, mas todos os méritos ficam para o ótimo câmbio CVT que possui acoplamento com o motor através de conversor de torque. É, sem sombra de dúvidas, o melhor câmbio CVT do mercado, pois consegue combinar bom torque de saída (com primeira marcha com ajuste fixo para privilegiar o torque) e as demais com trocas extremamente suaves.

O consumo também é elogiável: 8,5 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada (etanol).

Suspensão e conforto

O conjunto é simples: McPherson, na dianteira e eixo de torção, na traseira. O destaque, na verdade, fica para a calibração bastante macia do conjunto e que privilegia conforto de rodagem em diversas situações de uso.

O espaço interno também é bom e todos os ocupantes viajam tranquilos e com espaço suficiente para as pernas. Destaque negativo para o volante que só tem regulagem em altura, mas não de profundidade, fato que atrapalha um pouco à ergonomia do conjunto.

Itens de série

A lista é extensa, mas merece alguns destaques, como o ar-condicionado digital de uma zona, retrovisores elétricos, vidros elétricos nas quatro portas com função um toque, central multimídia de 7″ com conectividade Apple CarPlay, câmbio CVT e freios ABS com BAS e EBD.

Veredicto

Para mim, o conjunto do Yaris é melhor acertado que o da concorrência e é sim a melhor opção do seu segmento. No entanto, o que pode pesar na decisão de compra é o preço pouco maior e o design que não é uma unanimidade.

Galeria