Teste: Fiat Argo HGT 1.8 AT6 2020 – é confortável, bonito, mas pode melhorar

Teste: Fiat Argo HGT 1.8 AT6 2020 – é confortável, bonito, mas pode melhorar

maio 31, 2019 Off Por Fernando Naccari

Avaliamos o modelo que, em sua versão 2019/20, vem apenas com câmbio automático de seis marchas

O Argo foi a mais recente aposta da Fiat para retomar o mercado de hatches de entrada e, por que não, dos médios. Ele chegou para ser o sucessor do Palio e Punto, mas com a saída do Bravo, acabou se tornando a única opção para quem procura um hatch da fabricante italiana de Betim/MG.

Recursos de design

Por fora, alguns detalhes diferenciam o Argo HGT das demais versões: para-choques exclusivos, faróis com máscara negra, moldura preta que une as caixas de rodas dianteiras até as traseiras, retrovisores e spoiler traseiro com acabamento em cinza fosco.

Desempenho

O motor é um velho conhecido: 1.8 16V E.torQ Flex de 139 cv (E) / 135 cv (G) a 5.750 rpm e 19,3 kgfm (E) / 18,7 kgfm a 3.750 rpm. Uma alteração importante na nova linha deve ser ressaltada – quem comprar um HGT, a partir deste ano, só consegue encontrá-lo com câmbio automático de seis marchas.

Com esta combinação, o Argo HGT joga contra a sua proposta de esportividade, já que o câmbio automático têm respostas lentas tanto para ‘subir marchas’, quanto para as reduções.

Mas, se ele não é tão ágil, o start-stop joga no time da economia de combustível. Dessa forma, com o sistema ativado e com 100% do tempo com o ar-condicionado ligado, o consumo urbano (etanol) ficou em 7,2 km/l, enquanto o rodoviário foi de de 10,1 km/l.

Conforto

Se a mecânica não inspira esportividade, o conforto de direção é elogiável. A suspensão, embora tenha um ajuste mais firme que o da versão Precision, por exemplo, ainda assim é macia o suficiente para filtrar bem as imperfeições das vias.

A direção elétrica também é leve e progressiva o suficiente para propiciar uma condução confortável e segura, independente da velocidade. O diâmetro de giro também é bom: 11 metros – fato que facilita as manobras em espaços reduzidos. O modelo avaliado vinha equipado com as belas e exclusivas rodas de 17 polegadas e pneus de perfil baixo (50).

O espaço interno também é bom e todos os ocupantes viajam com bom espaço para as pernas, inclusive o traseiro da posição central, tudo graças a boa distância entre-eixos: 2,52 m. Já o porta-malas, se não é dos maiores, tem volume coerente com o porte: 300 litros.

Acabamento interno

É outro ponto que merece elogio. O Argo, sem sombra de dúvidas, é o carro da Fiat com o melhor e o mais bonito design interno. Apesar da predominância da presença de plásticos, estes possuem diferentes texturas e as peças são bem encaixadas.

O que poderia melhorar

Como todo bom “esportivo” da Fiat, um item faz falta no Argo HGT: o teto-solar. Além disso, um câmbio automático com função Sport ou manual seria bem vindo.

Veredicto

Ele é o melhor Fiat já feito na última década, mas por não ter alterações mecânicas o suficiente para que justificasse seu preço elevado, talvez optar pela versão Precision seja uma melhor pedida. A não ser que o visual do HGT seja essencial para você.

Ficha Técnica

  • Quatro cilindros, flex, 1.747 cm³, 139 cv (álcool) / 135 cv (gasolina) a 5.750 rpm e torques máximos de 19,3 kgfm (álcool) / 18,7 kgfm (gasolina) a 3.750 rpm
  • Câmbio automático de seis marchas
  • Direção eletroassistida tipo pinhão e cremalheira
  • Freios à disco ventilado na dianteira e a tambor na traseira
  • Suspensão dianteira McPherson com barra estabilizadora; traseira tipo eixo de torção
  • Rodas/pneus: 6×17”de liga leve (opcional) /205/50R17
  • Peso: 1.243 kg
  • Carga útil (passageiros+ bagagem): 400 kg