Teste: Renault Duster Iconic CVT é um dos melhores SUVs de entrada
outubro 5, 2020Com nova roupagem, melhor acabamento e acerto de suspensão, Renault Duster Iconic CVT é um do melhores SUVs para se ter na garagem
O Renault Duster foi um dos pioneiros na expansão do mercado de SUVs considerados baratos em nosso país. Ele foi o primeiro a ter coragem de enfrentar o líder absoluto, Ford EcoSport e, durante um bom tempo, teve seus momentos de glória.
Mas com a chegada de opções mais requintadas e com grifes maiores, como o Jeep Renegade e Honda HR-V, por exemplo, o SUV da Renault ficou defasado e acabou sendo deixado de lado dentro da própria fabricante, que trouxe o novato Captur para conquistar esse seleto grupo.
Mas como é costumeiro dizer: “Demorou, mas chegou”, eis que a Renault traz a nova linha 2021 do Duster e, mesmo que não tenha uma nova plataforma, dá para afirmar que é um SUV completamente novo.
Visual
A começar pelo visual, o Renault Duster 2021 encorpou. Com linhas suavizadas, mas mantendo o visual robusto, o SUV ficou mais “musculoso” e com aparência mais atual. Na dianteira, por exemplo, destaque para os novos faróis com DRL em LED e faróis de neblina e de milha (em aplique plástico que imita um quebra mato). De lado, destacam-se os para-lamas mais largos que a carroceria – como era na antiga versão – que possuem um aplique plástico que imita uma saída de ar, apliques plásticos nas caixas de roda, rodas de 17″ e porte mais robusto. Já, na traseira, as novas lanternas ao melhor estilo Renegade casam muito bem com visual mais limpo e, com certeza, mais bonito do SUV.
Por dentro, a evolução é ainda maior. Apesar de possuir acabamentos em plástico, a qualidade dos materiais evoluíram junto com o design. Como pontos positivos, dá para destacar a nova central multimídia com conectividade via Android Auto e Apple CarPlay e o novo console central, que abriga os botões de comandos ao estilo “caça” e o painel do novo ar-condicionado digital.
Suspensão
Também é um ponto de elogio. Apesar de ter uma concepção simples, com sistema McPherson dianteiro e eixo de torção traseiro, a calibração é elogiável e, mesmo com os pneus de perfil relativamente fino nas rodas de 17″, o conforto não foi prejudicado. Aliás, dentre tantas avaliações feitas até aqui, o Duster 2021 é, sem sombra de dúvidas, top 3 neste quesito.
Itens de série
O Renault Duster na versão Iconic CVT tem como equipamentos de série: câmbio automático do tipo CVT, multimídia EasyLink de 8”, 2 tweeters, câmeras 360º, sensor de pontos cegos, acendimento automático dos faróis, chave presencial do tipo cartão, partida do motor por botão, rodas de liga leve diamantadas de 17 polegadas e apoio de braço. Como opcional (itens que o carro avaliado continha) está o Pack Outsider, que acrescenta molduras plásticas nas caixas de rodas e para-choques, faróis de longo alcance (milha), friso de portas, barra de teto preta, retrovisor externo sem pintura e bancos em couro.
Motorização
A motorização 2.0 deu adeus na nova geração, abrindo espaço para a chegada do 1.3 turbo que está previsto para 2021, mas o bom e velho 1.6 flex de 120 cv e 16,2 kgfm dá conta do recado.
Este motor 1.6 trabalha com o também bom câmbio CVT, que proporciona uma direção confortável no uso urbano, mas peca em retomadas e subidas íngremes.
Um ponto de ressalva fica à cargo do consumo de combustível: 5,1 km/l de etanol no trajeto urbano, mas calma: explico melhor essa questão no vídeo lá do começo da matéria.
O que poderia ser melhor no novo Renault Duster?
Bom, falando exclusivamente dessa versão que testamos, a topo de linha Iconic, senti falta de um painel de instrumentos com computador de bordo mais caprichado e que ornasse com a evolução dos outros itens. O consumo também assustou e pode ser um ponto definitivo na hora de escolher pela compra do carro.
