Com o reaquecimento do mercado de veículos usados, PPG dá dicas do que verificar na pintura dos seminovos
julho 29, 2020Segundo pesquisa, junho apresentou um aumento de 69,2% nas vendas da categoria em comparação com o mês de maio
O comércio de veículos usados está próximo de atingir o volume verificado antes da pandemia, segundo dados divulgados pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), entidade que representa os lojistas multimarcas de veículos usados e seminovos. Em junho, a venda de carros usados apresentou um aumento de 69,2% sobre maio – mês que, segundo a Fenauto, registrou um dos piores desempenhos de vendas por causa da pandemia do coronavírus.
Ricardo Vettorazzi, gerente técnico da divisão de repintura da PPG, dá dicas sobre o que é importante verificar na pintura de um seminovo e fechar um bom negócio. Veja abaixo:
1. O que deve ser checado na pintura antes de comprar um carro usado?
É importante verificar se há manchas, emendas de retoques e diferenças de tonalidade cor entre as peças. Existe a possibilidade de o veículo estar com a pintura manchada devido a uma má reparação, por exemplo, na qual a aplicação da tinta foi feita de forma incorreta e apresente diferentes tonalidades de cor entre as peças do veículo. É muito importante fazer a avaliação da pintura em um local com boa iluminação e, se possível, durante o dia, na luz natural.
É possível que o veículo apresente um desgaste do verniz, pois o seminovo fica muito tempo exposto a intempéries (como sol, chuva e sereno) e a agressões por produtos químicos quando é lavado. Dessa forma, o verniz se desgasta e perde a camada de proteção “sólida”, deixando a tinta mais vulnerável, conhecida como “pintura queimada”.
Também é indicado verificar se há emendas na pintura e manchas ou textura no verniz, além de checar possíveis riscos profundos e pequenos amassados.
2. Por que na repintura não é comum o efeito “casca de laranja” dos carros originais de fábrica?
O efeito “casca de laranja” é consequência das características de aplicação e dos produtos usados, variando entre as montadoras. Esse efeito na repintura também pode ser conseguido com o uso dos produtos corretos e depende muito da perícia do pintor. Como na repintura há um processo de aplicação diferente, os acabamentos finais também são diferentes.
3. A pintura do carro batido tem maior chance de enferrujar?
Isso vai depender muito do processo de repintura utilizado. Se o preparador e o pintor utilizarem o processo recomendado pela fabricante de tinta, a corrosão vai demorar muito mais a chegar ao local reparado do que ao restante do veículo. O local reparado terá todo o processo renovado e o restante continuará com a pintura original já desgastada pelo tempo.
4. A maresia das cidades litorâneas interfere na conservação da pintura do carro usado?
Sim. A maresia cria um ambiente com sais marinhos em suspensão nas regiões próximas das praias e esses sais são corrosivos, o que faz com que a pintura sofra desgastes mais graves com as intempéries do dia a dia. Lavar sempre o veículo para retirar o sal e proteger partes expostas com capas específicas ou em garagens apropriadamente fechadas são ações recomendadas para aumentar a conservação da pintura. Na rua, deixar o carro estacionado em áreas menos expostas também ajuda na manutenção.
5. Onde é recomendável efetuar a compra de um usado?
Não há uma regra para isso, mas, de maneira geral, em locais ou com pessoas com procedência conhecida e boas referências.