Teste: Volvo XC40 T5 Hybrid anda muito e bebe pouco

Teste: Volvo XC40 T5 Hybrid anda muito e bebe pouco

setembro 4, 2020 Off Por Fernando Naccari

Modelo vem com dois motores, um à gasolina e um elétrico, roupa esportiva e um consumo de 17,6 km/l na cidade. Além de tudo é bonito

Fotos: Fernando Naccari / Malagrine

Por ser um “SUV de entrada” da marca no Brasil, o XC40 é hoje o modelo da marca que mais vemos circular em nossas ruas e, até por isso, é o mais popular em terras brasileiras.

Mas até pouco tempo, ele estava disponível apenas com mecânica 2.0 turbo, no entanto, sua ofensiva para tornar seu line-up eletrizado passava pelo modelo e chegou em grande estilo.

Avaliamos a versão de topo e de nome longuíssimo: Volvo XC40 T5 R-Design Plug In Hybrid. Tirando o nome, o resto tem explicação – T5 é referente à denominação do seu powertrain, R-Design é o nome do pacote esportivo que equipa o carro e, finalmente, Plug In Hybrid significa que ele é um carro híbrido que pode ser recarregado na tomada.

Powertrain

A versão estreia um novo motor à combustão de três cilindros e 1.5 litros sobrealimentado por turbo. Sozinho ele entrega 180 cv e 27 kgfm, o elétrico individualmente rende 82 cv e 16,3 kgfm e, somados, rendem 262 cv e 43,6 kgfm. Vale lembrar que eles podem trabalhar individualmente ou em conjunto, dependendo da forma de condução escolhida. Para comandar esse conjunto há uma transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas que permitem trocas manuais em aletas atrás do volante.

O modelo possui cinco modos selecionáveis manualmente. No primeiro deles, o Hybrid, o conjunto equilibra o funcionamento do motor elétrico e do térmico para oferecer desempenho e economia de combustível. A segunda função é a Individual, na qual o condutor pode selecionar suas preferências de funcionamento dos motores, câmbio e até calibração de volante e suspensão. Na versão Pure, o modelo vai priorizar o funcionamento somente do conjunto elétrico. Já a esportiva Power prioriza o desempenho, combinando os motores e oferecendo uma aceleração de 0-100 km/h em 7s3. No quinto modo, o Off Road, o objetivo não é consumo e nem eletrificação, mas oferecer a melhor tração possível para terrenos fora-de-estrada (esqueça um off road pesado, já que o carro não tem nem pneus apropriados, nem altura, muito menos tração integral).

Baterias e consumo de combustível

O modelo é equipado com um banco de baterias de 10,7 kWh e que dão uma autonomia elétrica de até 47 km. É pouco, é verdade, mas se você tiver um ponto de recarregamento em casa, você raramente vai precisar gastar gasolina.

Em nossos testes, o SUV teve uma excelente média de consumo: 17,6 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada. Vale lembrar que todo carro híbrido gasta mais combustível em circuito rodoviário por nessa situação utilizar menos o motor elétrico do que na cidade.

R-Design

Como uma versão esportiva, o pacote R-Design tem suas peculiaridades, como a eliminação dos cromados no exterior (tudo é em preto brilhante, inclusive o teto), rodas de 20″ com pneus de perfil fino, bancos em couro com Nobuck e desenho esportivo e modo de condução Power.

Itens de série

Entre os itens de série, o XC40 T5 R-Design vem com painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, central multimídia de 9 polegadas com conexão via Android Auto e Apple CarPlay, teto solar panorâmico elétrico, carregador de celular por indução e sistema de som Harman Kardon de 600W.

O modelo conta ainda com diversos assistentes ao motorista, com destaque para faróis full-LED inteligentes que regulam o facho alto de maneira automática, abertura da tampa tampa traseira elétrica sem precisar usar as mãos, Pilot Assist (que acelera, freia e contorna curvas automaticamente, desde que haja condições apropriadas da via para isso), controlador de cuzeiro adaptativo, leitura das placas de trânsito e aviso de radares, faróis de curva, e muito mais. 

Conclusão

É uma das opções mais interessantes do mercado de híbridos, mas não é barato: custa R$ 245.950, mas tem pacote coerente. Para ser melhor só se tivesse maior autonomia elétrica e um conjunto de suspensão com comportamento mais macio, mas isso é gosto pessoal e com certeza os pneus de perfil fino não ajudam neste aspecto.

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