Teste: Jeep Renegade Sport Flex 2019 – vale a compra?
junho 10, 2019Ele recebeu um pequeno “tapa” no visual para continuar relevante no mercado
O mais SUV entre os SUVs de sua categoria, recebeu pequenas mudanças no visual e, para olhos menos treinados, fica difícil notar as mudanças, principalmente nas versões mais “básicas”, como a Sport Flex AT, a que avaliamos para esta matéria.
Enquanto nas versões de topo o Jeep Renegade agora conta com faróis em LED e rodas de 19″, a Sport Flex trax apenas um novo posicionamento dos faróis, agora um pouco mais altos e com o capô cobrindo a parte superior. Além disso, as sete fendas tradicionais da Jeep ficaram um pouco mais largas e não há mais distinção do para-choque entre as versões diesel e flex. Com isso, há um ganho nos ângulos de entrada e saída, tudo para evitar que o jipão raspe nas entradas e saídas de estacionamentos de shoppings e supermercados. O modelo vem também com novas rodas de 17″.
Mecânica
Na versão 2019, o Jeep Renegade Sport Flex preservou a mecânica 1.8 Flex de 139 cv (E) / 135 (G) a 5.750 rpm e 19,27 (E) / 18,76 (G) kgfm a 3.750 rpm. O câmbio automático de seis marchas também é o mesmo, mas parece ter sofrido uma recalibração, pois se mostra mais efetivo nas trocas de marchas, tirando um pouco daquele enorme lag que tinha.
Conforto
O acabamento interno continua sendo o forte do modelo. Não houve mudanças aqui, a não ser a inscrição “Since 1941” que ficava em baixo relevo na área da central multimídia que deixou de existir.
O conforto de rodagem também continua o mesmo, tudo graças ao conjunto independente nas quatro rodas e a direção eletroassistida.
Itens de série
A lista de itens é mais do que suficiente:
- ABS
- Air bags dianteiros
- Ajuste do volante em altura e profundidade
- Alertas de limite de velocidade e manutenção programada
- Apoia-braço com porta objetos
- Ar condicionado
- Banco do motorista com regulagem de altura
- Banco traseiro bipartido 60/40 e rebatível
- Bolsa porta objetos atrás do banco do motorista
- Chave canivete com telecomando
- Cinto traseiro central de 3 pontos
- Cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura
- Comandos do sistema de áudio e bluetooth no volante
- Computador de Bordo (distância, consumo médio,consumo instantâneo, autonomia)
- Console central atualizado com mais espaço no porta objetos
- Controle de Estabilidade (ESC)
- Controle de Tração
- Controle de estabilidade para trailler (quando com engate Mopar)
- Controle eletrônico anti capotamento
- Câmera de ré
- Direção elétrica
- Encosto de cabeça traseiro central
- Entrada USB para os ocupantes do banco traseiro
- Estepe de uso emergencial
- Freio de estacionamento eletrônico
- Freios a disco nas 4 rodas
- Ganchos de fixação de carga no porta-malas
- Hill start assist
- Iluminação do porta-malas
- Indicador de troca de marchas (GSI)
- Isofix
- Limitador de velocidade
- Limpador e desembaçador dos vidros traseiros
- Luzes diurna (DRL)
- Maçaneta de abertura do porta malas destacada
- Maçanetas e retrovisores externos na cor preta
- Panic break assist
- Para sol com espelhos cortesia
- Pavimento do porta malas com revestimento duplo
- Piloto automático
- Porta objetos com suporte para até um IPAD mini
- Porta-celular
- Porta-óculos
- Quadro de instrumento TFT de 3,5”
- Rack de teto na cor preta
- Refletor lateral cristal
- Repetidor lateral nos retrovisores
- Retrovisores externos elétricos
- Revestimento do banco em tecido com costura em preto
- Revestimento externo nas colunas das portas
- Rodas em liga aro 17″ e pneus “super verdes” 215/60 de uso misto
- Rádio integrado ao painel com RDS e porta USB
- Sistema Start&Stop (desligamento/acionamento automático do motor)
- Sistema de monitoramento indireto dos pneus (iTPMS)
- Sistema de áudio com tela de 5” touch com 6 alto falantes, comando de voz, USB e Bluetooth
- Tomada 12V
- Travas elétricas nas portas e porta malas (travamento automático a 20km/h, trava de tampa do combustível, indicador de portas abertas)
- Vidros elétricos nas 4 portas com one touch
O que poderia melhorar
Sempre vou bater o pé neste aspecto nos veículos da FCA: o sistema de áudio com tela de 5″ é ruim. A qualidade de som é baixa, sua funcionalidade é lenta e câmera de ré instalada tem tamanho menor que o de uma tela de celular. O carro merece uma central multimídia de melhor qualidade e com conexão via Android Auto e Apple CarPlay.
Veredicto
Entre os SUVs vendidos nesta faixa de preço (entre R$ 70 mil e R$ 110 mil), o Renegade é o único que te propicia a sensação de dirigir um SUV de verdade, embora seu apetite por terra seja demonstrado apenas nas versões 4×4.
O conjunto motor e câmbio também precisa evoluir, mesmo mostrando que estão mais afinados. Resta torcer para que o FireFly Turbo, que deve chegar no País em meados de 2020, supra esse ponto fraco. Caso isso ocorra, ficará difícil ter SUV melhor que ele.
Ficha técnica:
Jeep Renegade Limited 1.8 Flex
- Motor: 4 cilindros em linha 1.8 16V flex
- Potência: 135 (G) e 139 (E) cv a 5.750 rpm
- Torque: 18,76 (g) e 19,27 (e) kgfm a 3.750 rpm
- Câmbio: automático sequencial, seis marchas
- Direção: elatricoassistida
- Suspensões: MacPherson (dianteira/traseira)
- Freios: disco ventilado (dianteira) e disco sólido (traseira)
- Tração: dianteira
- Dimensões: 4,232 m (comprimento), 1,805 m (largura), 1,714 m (altura)
- Entre-eixos: 2,570 m
- Pneus: “super verdes” 215/60 de uso misto
- Porta-malas: 320 litros
- Tanque: 60 litros
- Consumo cidade: 9,7 km/l (G) e 6,3 km/l (E)
- Consumo estrada: 13,4 km/l (G) e 8,5 km/l (E)
Fotos: Edgar Klein