Teste | Jeep Compass Longitude mostra porquê o SUV é líder de vendas em 2018
dezembro 10, 2018O ano ainda não acabou, mas já dá para afirmar que o Compass é o SUV mais vendido do Brasil neste ano. Com 55.522 unidades emplacadas no acumulado até o fechamento de novembro/18, o SUV da Jeep vendeu mais que o Toyota Corolla, que emplacou 53.880 unidades.
Em segundo lugar, o Honda HR-V vendeu quase 10 mil unidades a menos, com um total de 44.240 unidades emplacadas até o fechamento de novembro/18.
Baseado nestes números, testei o Compass na versão Longitude 4×2, considerada intermediária pela fabricante e na configuração Flex, que possui o maior mix de vendas do modelo.
Primeiras Impressões
Ao primeiro contato, o SUV surpreende pelo porte parrudo, alto e largo, mas quando você assume o volante, as dimensões não são absorvidas pelo condutor e você se acomoda muito bem ao volante.
Com regulagem de altura e profundidade dos bancos, tem as mesmas regulagens para a coluna de direção e permitem ótima ergonomia. Os comandos do ar-condicionado são um pouco baixos e, para acioná-los, dependendo da altura de regulagem dos bancos, é preciso curvar um pouco o corpo. Por falar em bancos, o modelo testado tinha a bela (mas bastante suscetível à sujeira) configuração em dois tons, com parte superior escura e bancos em couro claro.
A central multimídia Uconnect de 8,4″ é bem melhor do que as usadas no Renegade, com conectividade via Android Auto e Apple Car Play. No entanto, uma função básica deixa a desejar: a sintonia das estações de rádio é ruim, com seguidas perdas de sintonia seja qual for a rádio e seja qual for o trajeto. Mas, em uma era em que a reprodução de mídia do celular está mais em voga do que nunca, é capaz de ter gente que nunca sintonize um FM no carro, quem dirá o quase aposentado AM.
No modelo testado, havia o Pack Premium instalado que, entre outras coisas, tinha Sistema de Som Premium Beats com 506 watts de potência, 9 alto-falantes e subwoofer.
Dirigibilidade
Ao contrário do irmão menor Renegade, a calibração de sua suspensão é mais macia, mesmo tendo o mesmo tipo de conjunto aplicado (McPherson dianteiro e Multilink traseiro).
Na prática, isso propicia um carro mais agradável no uso urbano, menos propenso às chacoalhadas internas e mais como um “tapete”, embora esta última expressão possa ser considerada exagero em se tratando de um SUV.
A calibração da direção com assistência elétrica também parece estar mais agradável com Compass do que no Renegade. Suas respostas mais agradáveis e menos pesadas no Compass, além de ser leve o suficiente nas manobras.
Mecânica evoluída
No Compass, o motor de quatro cilindros é o 2.0 Flex Tigershark e possui 166 / 159 cv a 6.000 rpm (etanol/gasolina). Já o torque é de bons 20,5 kgfm / 19,9 kgfm (etanol/gasolina) a 4.000 rpm.
Combinado com o câmbio automático de seis marchas, o desempenho é bom para carregar os 1.546 kg do SUV e ainda há a opção de trocas manuais através de aletas atrás do volante. Não há função Sport.
O consumo foi apenas razoável, mas normal se considerarmos o porte do veículo: 8,6 km/l com gasolina no ciclo urbano e 10,1 km/l (também com gasolina) na estrada. Ambas as medições foram realizadas com o ar-condicionado ligado 100% do tempo.
Ah, nesta configuração Flex, o Jeep Compass tem Stop/Start, que desliga e religa o veículo em paradas para economizar combustível, mas no modelo testado, ele apresentava uma indicação de capô aberto e, por isso, desativava a função ecológica. Obviamente havia uma falha no sensor, já que este permaneceu fechado todo o tempo e, se o Stop/Start estivesse funcionando corretamente, o consumo de combustível urbano tenderia a ser melhor.
Itens de série
O Compass Longitude vem de série com assistente de partida em rampa, câmera de ré, sistema de monitoramento de pressão de pneus e controle de estabilidade, que inclui ainda um sistema anticapotamento, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem. Com isso, o Compass Longitude tem preço inicial de R$ 124.990.
Com o Pack Premium instalado, o valor sobe um pouco e chega a R$ 128.190. A garantia é de três anos e, entre os opcionais, destacam-se também o teto panorâmico, airbags laterais dianteiros, de cortina e de joelho para motorista, acendimento automático de farol, sensor de chuva e farol de xênon.
