Teste: Renault Sandero Zen 1.0 – feito para a cidade
março 5, 2020Avaliamos o hatch da Renault que tem suas virtudes, mas desempenho não é uma delas
Apresentado no último trimestre de 2019 já como modelo 2020, o Novo Renault Sandero não mudou de plataforma, mas trouxe alterações importantes para continuar se firmando no mercado.
O visual ganhou uma bela revitalizada, com destaque para o novo para-choque dianteiro, farol com acréscimo de luz diurna em LED e, na traseira, a lanterna agora é estendida para a tampa do porta-malas.
O interior ganhou novo revestimento dos bancos (que ficaram mais largos e agora usam espuma mais espessa), novo volante revestido em couro e detalhes em cromo anodizado. Assim, a vida a bordo se tornou mais agradável no hatch e fazer longas distâncias ao volante se tornou uma missão bem mais agradável.
Motor e Câmbio
Na versão intermediária Zen o Sandero pode vir também com motor 1.6 L, mas a que avaliamos era a mais urbana, equipada com motor B4D 1.0 Flex de três-cilindros, com comandos de válvulas variáveis e que rende 82 cv a 6.300 rpm quando abastecido com etanol e 79 cv quando abastecido com gasolina.
Com o câmbio manual de cinco marchas, a experiência de dirigir o Sandero na cidade é mista: agradável no trânsito ou vias lineares, mas complicada quando pegamos subidas íngremes ou quando tentamos fazer ultrapassagens. Isso ocorre, principalmente, devido ao torque de 10,5 kgfm (E) / 10,2 kgfm a 3.500 rpm ser baixo para enfrentar estas situações.
O consumo de combustível foi razoável: 6,5 km/l com etanol no tanque, ar-condicionado ligado o tempo todo e trânsito pesadíssimo. Na estrada e com o mesmo combustível esta média subiu para 10,6 km/l.
Suspensão e freios
A suspensão permaneceu inalterada, mantendo o conjunto independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. A calibração tendendo à maciez é agradável no uso urbano, mas quem enfrenta rodovias deve se sentir melhor em um conjunto mais firme.
Os freios também mantém o conceito anterior, com disco ventilado na dianteira e tambor na traseira. A resposta do conjunto é condizente com a proposta urbana do carro e, em todas as situações de teste, mostrou-se seguro.
Itens de série
O maior destaque do interior do Sandero é a nova central mutimídia Media Evolution com tecnologia Android Auto e Apple Carplay, permitindo usar Spotify, Waze, Google Maps (Android Auto) e áudios de WhatsApp na tela de sete polegadas touchscreen capacitiva, com melhor precisão do toque. O Media Evolution ainda traz as funções Bluetooth, Eco Scoring e Eco Coaching – que ajudam o motorista a economizar combustível auxiliando na maneira de dirigir –, acessadas diretamente no carro.
No quesito segurança, todas as versões de Sandero, Logan e Stepway trazem de série quatro airbags (dois frontais e dois laterais), além de duas fixações Isofix para cadeirinhas infantis no banco traseiro e estrutura da carroceria reforçada. Outra novidade em todas as versões é a chave tipo canivete, com comando de abertura e fechamento das portas.
Completam a lista de itens de série direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos com “one touch” , travas elétricas, rodas de 15 polegadas (com calotas), comando satélite no volante, sensor de estacionamento, ajustes de altura do banco e volante, computador de bordo e alarme.
Veredicto
O Sandero evoluiu, mas ainda deixa umas questões importantes para trás, como desempenho baixo, acabamento com excesso de plásticos e sintonia de rádio FM instável.
Para a proposta urbana do modelo até que é aceitável, mas ele ainda está longe de brigar com modelos como Novo Chevrolet Onix e Novo Hyundai HB20, por exemplo.