Teste: Jeep Compass Limited Flex – o mais completo (e caro) com mecânica Flex

Teste: Jeep Compass Limited Flex – o mais completo (e caro) com mecânica Flex

setembro 23, 2019 Off Por Fernando Naccari

Modelo traz bom desempenho, bom acabamento e conforto a bordo, mas têm pontos de melhoria

A Jeep ‘nada de braçada’ na liderança de vendas entre os SUVs em nosso mercado. O Compass, no caso, as vezes é líder, as vezes é vice para o Renegade, mas a diferença no acumulado é tão pouca que não dá para saber quem fechará na liderança de 2019.

No acumulado até o fechamento de agosto, o Jeep Renegade liderava com 44.024 unidades comercializadas, enquanto o irmão maior fechava na segunda posição com 39.046 modelos vendidos.

No entanto, no fechamento do mês anterior, o Compass vendeu mais que o Renegade (6.170 contra 5.790), enquanto em agosto os números finais ficaram a favor do SUV menor (5.188 contra 4.843).

Com estes números, a resposta é clara: o consumidor prefere os Jeep, sem dúvidas. Sabendo disso, o Compass Limited Flex é o suprassumo da linha, com tecnologias semi-autônomas de direção e som de qualidade Premium, tudo isso a partir de R$ 149.990.

Itens de série e acessórios

Por este valor, o Compass Limited vem de fábrica com com seis airbags, ar-condicionado de duas zonas, central multimídia Uconnect com tela de 8,4”, freio de mão elétrico, faróis de xenôn, DRLs, rodas aro 19, estacionamento semiautônomo e partida remota pela chave.

O modelo que avaliamos ainda era mais completo e trazia como acessórios o Pack High Tech que acrescenta Controle de cruzeiro adaptativo (ACC), Aviso de mudança de faixas (LDW), Comutação automática de faróis, Abertura eletrônica do porta-malas, Sistema de som Premium Beats de 506 W (8 alto-falantes + subwoofer), Aviso de colisão frontal com frenagem de emergência e também o Teto Solar Elétrico Panorâmico Command View que, somados, acrescenta-se R$ 15 mil ao valor final do veículo.

Powertrain

A mecânica permanece inalterada, com o eficiente motor 2.0 Flex de 166 cv e 20,5 kgfm, ambos medidos com etanol, e câmbio automático de seis marchas.

O conjunto funciona bem, sem sustos e oferece bom rendimento na cidade e na estrada. O que assusta, no entanto, é o consumo de combustível: 5,8 km/l na cidade e com ar-condicionado ligado todo o tempo. Na estrada os números não foram tão melhores: 8,9 km/l, também com ar ligado. Vale lembrar que o veículo ainda tem Start/Stop para oferecer mais economia.

Dirigibilidade

Ao volante, o rodar é confortável, mas as rodas de 19 polegadas e pneus com perfil baixo prejudicam um pouco o amortecimento do conjunto. Assim, ‘sacolejar’ em vias irregulares é algo inevitável, mas os bancos e a posição de dirigir são bons ao ponto de você passar a não ligar para isso. A suspensão é independente nas quatro rodas.

A direção eletroassistida tem boa calibração, mas é mais pesada que a média, se assemelhando a veículos que usam assistência hidráulica.

Veredicto

Ele anda bem, é relativamente confortável e bem equipado, mas passando dos RS 164 mil, teria que ter uma mecânica mais eficiente quando falamos em consumo de combustível.

Caso isso te incomode, é melhor investir um pouco mais e pegar a versão Diesel que é tão equipada quanto, mas com menos visitas ao posto de gasolina e ainda com a opção de tração nas quatro rodas. Tudo isso partir de R$ 161.990.

Ficha técnica Jeep Compass Limited Flex

  • Motor: 4 cilindros em linha 2.0 16V com sistema start/stop
  • Cilindrada: 1.995 cm³
  • Combustível: flex
  • Potência: 159 cv (G) e 166 cv (E) a 6.200 rpm
  • Torque: 19,9 kgfm (G) e 20,5 kgfm (E) a 4.000 rpm
  • Câmbio: automático de seis marchas
  • Direção: eletroassistida
  • Suspensões: McPherson (Dianteira) / multilink (Traseira)
  • Freios: disco ventilado (Dianteira) / disco sólido (Traseira)
  • Tração: dianteira
  • Dimensões: 4,416 m (c), 1,819 m (l), 1,639 m (a)
  • Entre-eixos: 2,636 m
  • Pneus: 235/45 R19
  • Porta-malas: 410 litros (1.191 litros com o banco rebatido)
  • Tanque: 60 litros
  • Peso: 1.556 kg

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