Jeep Renegade: “mudança de estilo de vida” é o destaque nas avaliações dos donos

Jeep Renegade: “mudança de estilo de vida” é o destaque nas avaliações dos donos

janeiro 2, 2017 Off Por Fernando Naccari
Por Fernando Naccari

Faz tempo que um veículo não causa um impacto tão grande no mercado nacional como o que ocorreu no lançamento do Jeep Renegade. A marca, sempre associada à robustez e a veículos com apelo fora-de-estrada, conseguiu renascer e crescer após a junção com a Fiat, quando a montadora italiana adquiriu o Grupo Chrysler em meados de 2014.

O carro traz um visual agressivo e, ao mesmo tempo, clássico. A grade com sete aberturas identifica de longe que o Renegade é um legítimo Jeep. Junto a ela, os grandes faróis redondos, o para-choques encorpado e os faróis de neblina integrados, completam a identidade do jipão.img_2274-1Olhando de lado, o Renegade preserva a essência “quadradona” da marca, mas muito mais moderna que seu irmão mais velho, o Wrangler. Visualmente, da versão Flex para a versão Diesel, pouca diferença pode ser notada. A maior delas, talvez, seja na altura: a versão Flex é 6 cm mais baixa que a Diesel.

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Foto – Divulgação

Embora as rodas possuam visual semelhante entre as diferentes versões, nas opções Trailhawk Diesel e Longitude, os pneus são do tipo “todo terreno” e o aro utilizado é o 17″. Já na Sport, os pneus são de uso misto com rodas de 16″.

Na traseira, as lanternas vem conjunto óptico em “X”, que remete aos antigos tanques de gasolina sobressalentes que os jipes Willys carregavam.

No interior, uma viagem no tempo e em “easter eggs“. Em relevo, nos alto-falantes, vemos os faróis e a grade dianteira do veículo representados. No sistema de som, há a inscrição “Since 1941”, em referência à data de fundação da Jeep. No para-brisas dianteiro, na parte baixa no lado do passageiro (olhando por dentro do veículo), há o desenho de um Willys subindo um pequeno morro. No vidro traseiro, vemos o desenho do que se parece um alpinista no fim de uma escalada. Na hora de abastecer o carro, surpresa! O desenho de uma pequena aranha com a inscrição “Chao Baby!”.

O que os donos dizem?

Quando realizamos a avaliação de um veículo cedido pela montadora, como em quase sua totalidade são recém lançamentos praticamente 0km, acabamos por avaliar conceitos como conforto, economia de combustível, isolamento acústico e outras coisas mais. Porém, sabemos que isso é importante, mas não determinante para que o veículo seja bem recebido pelo público. Um bom atendimento pós-vendas e um carro que cumpra aquilo o que se propõe, são medidas que não podem ficar de fora da métrica.

1. A escolha pelo Renegade

Para isso, entrevistamos alguns proprietários que nos revelaram sua experiência com o uso do Renegade, como Willy Schumann, jornalista e psicanalista de Curitiba/PR. Willy comentou sobre o processo de escolha do veículo e se tinha dúvidas entre este e outro veículo. “Comprei o Jeep Renegade Sport 1.8, ano 2016/2016 recentemente (menos de dois meses). Está com aproximadamente 1.200 km. Além da marca Jeep, foi a SUV mais “Sui generis” que apareceu no mercado nos últimos anos. O fabricante foi bastante ousado em não seguir a tendência em produzir um carro de formas arredondadas. Cheguei a pesquisar várias marcas e modelos de SUV, mas todos pareciam muito iguais em seu design, o que não me motivou a decidir pela compra de outro veículo.Como eu já havia comprado a primeira edição do Ford Ecosport, que aliás, gostei muito, fui ver a versão mais recente da marca, porém não fiquei entusiasmado em adquirir um carro que, ao meu ver, mudou totalmente, preservando apenas o nome e modelo.Sempre fui um entusiasta da marca Jeep. Quando o Renegade chegou ao mercado eu sabia que força e robustez seriam as características dessa SUV. O Jeep Renegade, possui muita personalidade, além de um design muito bonito. O acabamento interno me chamou a atenção, é sensacional”, explicou.

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Willy Schumann e o seu Renegade Sport Flex – Foto: Elaine Belletti

Também proprietária de um Renegade Sport 2016, atualmente com 13.000 km, a advogada Maria Aparecida Lisboa Raboni, a Lia, disse que a escolha pelo Jeep se deu logo após o test-drive, quando suas dúvidas e as do seu marido acabaram: “Eu tinha uma Ecosport antiga e minha intenção era ‘pegar’ uma nova. A dúvida na compra era entre ela o Renegade. Quando lançou o modelo da Jeep, meu marido fez o test-drive e gostou muito. O design e toda a proposta da Jeep para a aventura, era isso o que nós estávamos realmente precisando. Onde você vê esse carro, você olha, porque ele é muito bonito. Fizemos o test-drive na Ecosport só para tirar a dúvida, mas o Renegade é um carro maravilhoso, espaçoso. Só ficamos na dúvida de qual cor escolher, entre a vermelha e a verde, mas acabei optando pela vermelha por achar que na hora de vender, a verde teria uma aceitação menor”, comentou Lia.

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Lia, seu filho Antonio e o Renegate Sport 2016

Lia acrescentou ainda que, a escolha da versão Sport foi consciente e o câmbio manual era irrevogável: “A escolha pelo manual foi minha, pois já tive carro automático e eu não gostava muito. Também achei que na versão 1.8, o automático deixaria o carro mais fraco (de desempenho). Com o manual, você tem um melhor controle da dirigibilidade, você consegue controlar quando quer subir ou descer uma marcha. Outra opção pelo manual foi por, na época, o Renegade ser um carro de lançamento e não saber como esse carro seria aceito pelo mercado ou se apresentaria alguma falha na transmissão”.

Com a versão top de linha do Renegade, a Trailhawk Diesel, Mauricio Garutti Noronha e sua esposa, Silvia Noronha, ambos engenheiros mecânicos de São Paulo, também nos contaram sobre o processo de aquisição do modelo: “Temos um Trailhawk automático 2016 que hoje está com pouco mais de 13.000 km rodados. Decidimos comprá-lo por uma mudança no estilo de vida, com a ideia de viajar mais pelo Brasil e América do Sul. Ao invés de viajarmos para outros continentes, decidimos viajar mais por aqui. Para isso, precisávamos de um veículo diesel que fosse econômico e que aguentasse estradas mais difíceis”, explicou Mauricio.

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Mauricio, sua esposa Silvia e o Renegade Trailhawk Diesel

“Eu tinha um (Volkswagen) Jetta e quis mudar meu estilo de vida, para viajar para lugares diferentes. Para viajar, o Jetta era 100% on road e, dependendo para onde você vá, não dava para ir com ele. Por exemplo, no começo do ano nós viajamos para Minas (Gerais) e chegamos em lugares em que paramos e pensamos: ‘não, com o Jetta aqui eu não vou entrar’. Não era nem uma trilha, mas era um lugar que aquele tipo de carro não era recomendado.

Silvia acrescentou ainda: “A escolha do Renegade foi para eu me sentir mais segura. Queria algo mais robusto, mas que ao mesmo tempo fosse urbano. Tanto que, quando escolhemos o Renegade, nós optamos por ele ao invés de uma Amarok. Meu marido (Mauricio), inclusive, preferia a Amarok, mas a escolha pelo Jeep foi minha. A Amarok é muito grande, é um carro que você não estaciona em qualquer lugar. Também preferi o Renegade pelo design, isso contou muito para mim. Ele tem algumas ‘frescurinhas’, como o Jeep desenhado no vidro… são coisas que eu gosto, gostei destes detalhes… os detalhes vermelhos também destacam muito com a cor do carro. Em alguns aspectos, a Amarok era até superior ao Renegade,  como o silêncio na cabine, mas o tamanho dela nos afastou”, explicou.

“Em termos de desempenho, os carros são bastante semelhantes, um não deve nada ao outro, mas o Renegade é mais confortável e oferece melhor tecnologia”, disse Mauricio comparando o Jeep ao VW Amarok.

2. As qualidades do Renegade

Willy comentou sobre o que mais gosta em seu Renegade, sobre seu primeiro carro e o que, para ele, diferencia seu Jeep dos demais veículos do mercado. “Quando garoto, no início da década de 80, o meu primeiro carro foi um Jeep Willys ano 1962 que estava quase todo original. Foi fascinante. Creio que o Jeep Renegade possui toda uma história o que lhe confere um certo ar nostálgico, principalmente pelos detalhes, os “easter eggs”, que estão espalhados pelo carro que nos faz lembrar constantemente que não adquirimos um veículo qualquer, e sim um Jeep com DNA autêntico”.

Silvia ressaltou que uma das principais qualidades que ela vê em seu carro é o espaço interno: “Por dentro ele é muito grande. Se você coloca cinco pessoas, há espaço e conforto de sobra para todos os ocupantes”, disse Silvia. “O porta-malas é pequeno, mas compramos sabendo disso”, completou Mauricio.

“Em compensação, o conforto interno é bem maior do que no nosso antigo carro (VW Jetta). É bárbaro! O banco é bem mais confortável. Para viagens longas, o Renegade é muito bom. A posição de dirigir dele é ótima!”, acrescentou Silvia.

Para Lia, a estabilidade e o desempenho do Renegade são dignos de elogios. Pelo menos, quando comparada ao seu antigo Ecosport: “O carro é muito estável e, na estrada anda muito bem. As vezes, me pego distraída e quando percebo ‘ah já estou a 160 km/h’, mas parece que estou a 110, 120 km/h. Me sinto muito segura dentro do carro. Em curvas, ele é muito estável. Tem carro que você vai fazer uma curva e você sente que ele ‘tomba’. Com ele, você vem na velocidade que você estiver e faz a curva tranquilamente. A traseira não escapa. Na Ecosport, eu tive estes problemas. No primeiro dia com ela (Ecosport), me senti insegura, pois parecia que eu ia capotar na primeira curva. Lembro que no para-sol dela tinha um adesivo para relembrar os perigos de capotagem”.

3. Os problemas

Segundo Willy, seu Renegade não lhe dá dor de cabeça:O Jeep Renegade superou as minhas expectativas. Estou muito satisfeito.Até o momento não apresentou problemas específicos”.

Mauricio reclamou sobre algumas características do carro que não agradaram a ele à sua esposa: “Ele peca no ruído interno e nas vibrações vindas do motor. Preciso as vezes colocar o câmbio em “N” para parar, pois no trânsito se torna cansativo. Ele (Renegade) vibra menos que uma Hilux, mas mais que uma Amarok“, disse .”Isso (deveria melhorar) e o sensor de chuvas que, na minha opinião, é péssimo!”, acrescentou Silvia.

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Mauricio prosseguiu: “O sensor de chuva ‘não sente a chuva’. Para mim, isso é questão de segurança, não pode ser assim. Quando está funcionando e a chuva diminui, ele demora muito para desligar também”, explicou.

“Tivemos problemas também com um sensor de estacionamento que se soltou após uma viagem e deixou de funcionar, mas foi reparado em garantia, sem qualquer problema”, acrescentou Mauricio.

Silvia disse também que, comparado ao antigo veículo do casal, o rádio não é bom: “A recepção de sinal do rádio também é ruim. Nós já reclamamos (na autorizada) sobre isso e eles falam que ‘é assim mesmo’, mas não concordo. Acredito que trocando a antena resolveria. Quando passamos na Avenida Paulista, por exemplo, você pega interferência. Quando você passa em um túnel, ele deixa de funcionar, coisa que no Jetta não acontecia”.

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No caso de Lia, com o pequeno problema que teve, a concessionária foi rápida na solução e não a deixou ter dor de cabeça: “O único problema que tive com este carro foi na borracha do vidro da porta do motorista. Ela descolou e, pelo o que acompanho em vários grupos (de Facebook), tem acontecido em vários modelos. Essa borracha começou a soltar, tanto que rasgou a ponta do meu insulfilm. Mas, quando levei na concessionária, eles fizeram a troca da borracha ‘numa boa’ e disseram que já sabiam deste problema recorrente e resolveram”.

Além deste problema, Lia relatou que os comandos do rádio deixam o som mudo, quando acionados. “Quando aperto o botão de trocar de estação ou de música no rádio, o som fica some. Acredito que isso seja um defeito. Conferi no manual, mas ele é gigante e não dá para ler inteiro. Vou verificar junto à concessionária”.

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A advogada teve problemas mesmo quando precisou acionar a seguradora para o reparo do para-brisas: “O para-brisa do meu carro quebrou após uma batida de pedra. Fiz seguro para vidros, mas quando fui solicitar o reparo na seguradora, descobri que eles queriam utilizar um para-brisas simples, sem a logo da Mopar e o detalhe do ‘jipinho’, aí não aceitei. O carro iria perder a originalidade. Minha corretora também não sabia disso, pois não existia este tópico ‘com logomarca ou sem’. Depois disso, cotei em outras seguradoras e todas orientaram a, no ato da contratação, perguntar se a logomarca está inclusa, tanto para vidros, quanto para retrovisores. Caso não esteja, é cobrado um valor adicional de cerca de R$ 400 ao ano. No fim, optei por fazer à parte na concessionária, pois não achei vantajoso”, explicou.

“Para fazer a reposição desta peça na concessionária, há uma espera de cinco dias úteis. Eles alegaram não ter o item em estoque, pois cada versão possui uma característica diferente, como sensor de chuva, que o meu não tem, então eles só tem o item mediante pedido e o valor também é salgado, R$ 1.700”, acrescentou Lia.

4. Renegade: off-road também na prática?

A grande maioria dos proprietários de veículos desta categoria não costumam botar o carro na lama, daí vem a alcunha de ‘SUVs de shopping‘, mas os entrevistados mostraram que com o Renegade a coisa é diferente.

“Já o utilizamos aqui no estado de  São Paulo na Trilha da Banana em Ilha Comprida e em Ilha Bela na Trilha Castelhanos. Já fomos com ele até o Pantanal na Estrada Parque“, completou Silvia. “Isso, que é uma estrada com 190 km de terra e chegamos até a Bolívia. Então, nesses seis meses com o carro, nós já fizemos alguma viagens off-road. Agora, em fevereiro, iremos até o deserto do Atacama e Salar do Uyuni. Serão 8.000 km em 25 dias”, explicou Mauricio.

Com sua rotina fora-de-estrada, Mauricio explicou que o Renegade não decepciona: “Já pegamos estradas que ‘dava dó dele’, da suspensão. E, quando chegamos de viagem, não fazia nenhum barulho (na suspensão), estava perfeita, nem de portas, nada”, acrescentou.
No caso de Lia, mesmo com um modelo sem a tração 4×4, o Renegade tem atendido às expectativas quando colocado à prova. “Uso o carro muito pouco, somente para levar meu filho para a escola, dá 10 km ida e volta, mas costumamos fazer algumas viagens sim e ele atende muito bem em pista de terra, mesmo não sendo 4×4. Nós pegamos muita trilha pelo interior de São Paulo. Ele anda muito bem, na lama mesmo e eu acho que se fossem outros carros nós não conseguiríamos fazer o que conseguimos com ele. Já teve subida que nós olhamos e pensamos ‘ah ele não vai conseguir’ e o carro atendeu muito bem. Claro, não colocamos o carro na água, por exemplo, mas até agora a gente não tem do que reclamar, pois tem atendido muito mais do que a expectativa”, disse.
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Mesmo sem ser 4×4, Lia e sua família colocam o Renegade na Terra

Exceção entre os entrevistados, Willy contou sobre sua rotina de uso do veículo: “Utilizo o carro todos os dias para ir ao trabalho. Como em qualquer cidade grande, o trânsito em Curitiba é bastante intenso. Diariamente percorro minha “via-sacra”, entre carros, motos e vendedores ambulantes, mas o Jeep é valente e não me deixa na mão”, explicou.

5. Consumo de combustível

Tido como principal ponto negativo entre as avaliações realizadas por outras mídias e alguns proprietários, os entrevistados mostraram um ponto de vista diferente e mais real sobre o modelo.

“Nunca fiz uma aferição significativa do consumo do Jeep. Não posso esperar muita economia de uma SUV com motor 1.8. motor E.torQ (132/130 cv a 5250 rpm). Acho extremamente entediante e desnecessário participar de fóruns em redes sociais para debater o consumo do Jeep Renegade. Motor econômico é motorzinho 1.0″, disse Willy.

Willy ainda acrescentou “Certa vez li uma frase em um para-choque de caminhão que achei o máximo:  “Quem gosta de motorzinho é dentista”. (risos)”, disse de maneira bem-humorada.

Lia também compartilha da mesma opinião que Willy, e não considera o consumo de combustível como ponto negativo do modelo: “O pessoal tem reclamado do consumo, mas ando com ele em estrada e ele faz 9,7 km/l no etanol, então eu não tenho do que reclamar. Ando sempre no etanol. Logo no começo abasteci com gasolina, mas percebi que não valia a pena e voltei para o etanol. Tem gente que reclama do consumo do carro, mas ele é um carro 1.8 enorme. Se você pensa em consumo, compra um 1.0 que vá fazer 12/13 km/l e, as vezes, nem assim faz. É questão de perfil, o carro tem seu perfil e seu público e, quem comprá-lo, tem que saber disso”, explicou.

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No caso da versão Trailhawk à diesel, Mauricio contou sobre a média de consumo de combustível: “Em estrada de terra, já fez 10km/l. Em estrada asfaltada e andando a 120km/h, faz 14 (km/l). Em São Paulo, com bastante trânsito, faz 7,5 (km/l). A média geral desses 13 mil km está em 10,5 (km/l), sendo metade em cidade e metade em estradas diversas”.

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Motor Diesel da versão Trailhawk – Foto: Mauricio Noronha

6. Na hora de trocar, vai continuar na Jeep?

Normalmente, quando um cliente gosta mesmo do seu veículo e quando tem um pós-vendas que lhe atenda da forma como ele deseja, à fidelização ao modelo e, principalmente, à marca, são enormes.

Foi o que comentou Willy que, até aqui, não pensa em outro carro a não ser o Renegade: “Como comprei o Jeep recentemente, ainda é muito cedo para pensar em trocar de carro. Costumo ficar com um carro, em média, por 3 anos. Caso o Jeep Renegade continue atendendo as minhas expectativas, pretendo continuar com a marca e modelo”, explicou.

Lia, além de pretender continuar com o Renegade, já planeja um upgrade na versão, mas com algumas ‘exigências’: “Nosso próximo carro será outra Renegade, mas agora queremos uma 4×4. Ouvi dizer que eles podem lançar uma versão manual a diesel e é por essa que estamos esperando para trocar nosso modelo atual”, disse.

Já para Mauricio, o conceito ‘figurinha repetida não completa álbum’ tende a prevalecer: “Gosto do Renegade mas não gosto de repetir. Quando trocar, vamos experimentar outra opção (se existir)”, contou.

7. Um recado para quem tem interesse em comprar um Renegade

Se você tem interesse em comprar um Renegade, os entrevistados deixaram um depoimento e algumas dicas valiosas. Confira:

– “O Jeep Renegade despertou em mim o verdadeiro significado do prazer em dirigir novamente. Não me importo com o trânsito intenso de Curitiba no “rush hour”, pois tenho dentro do Jeep todo o conforto e tecnologia de ponta à minha disposição. Gosto do exclusivo sistema Uconnect, com navegação GPS, bluetooth, comando de voz, entradas USB, além do ar-condicionado Dual Zone, painel personalizado e sensor de ré, o que facilita muito para quem leva uma vida agitada como eu”, disse Willy.

– “A dica que eu dou é olhar bem e conhecer as diferenças entre todas as versões do Renegade, pois são muito diferentes e para utilizações diferentes. Então, quem não vai fazer off-road e nem vai fazer viagens muito longas, para quê gastar tanto dinheiro e comprar um diesel? Fora isso, é um ótimo carro, resistente”, explicou Mauricio.

– “É uma boa compra. Nós estamos satisfeitos. A pessoa precisa ter certeza que quer comprar um Jeep, pois vejo vários comentários de que o carro gasta muito. Se o problema é esse, compra um 1.0. Nós compramos cientes disso. O nosso diesel é bastante econômico, mas quem opta pelas versões flex, tem que ter esta consciência de que ele é um carro pesado com outro tipo de utilização. Se você quiser um porta-malas grande, compra um carro que lhe ofereça isso. Para mim, o Renegade é um carro bem dentro do que se propõe”, acrescentou Silvia.

– “Compra e vai ser feliz, vai viajar. O Renegade muda sua vida. Você olha o carro na garagem e você tem vontade de sair com ele. Sair não se torna uma obrigação. ‘Eu tenho que ir ao mercado’ não existe. Com o Renegade, eu tenho prazer em sair de casa. Pelo menos para mim e para minha família tem sido assim. Para nós, Jeep é tradição, pois quando pensamos na marca, pensamos em um carro forte, ‘de guerra’, que tem uma história e isso para nós é importante. Queremos fazer uma frota agora, com um Willys ou com uma Cherokee. Também oriento a pesquisar o que tem cada versão. Tenho visto muita gente reclamando do carro, mas as pessoas cobram do seu próprio carro coisas que só tem em outras versões. Então o problema não é o carro, mas a versão comprada que não atende ao que você quer. Nós começamos com uma versão mais básica para conhecê-lo e, agora que conhecemos e amamos, vamos partir para outra versão mais equipada”, finalizou Lia.

Dicas valiosas – versões Flex

O motor Flex utilizado nestas versões da matéria é o 1.8 16V Evo Etor.Q e utiliza tuchos hidráulicos e comando de válvulas variável somente na admissão. Neste propulsor, não há correia dentada, mas sim corrente de comando, o que estende o período de manutenção e aumenta a confiabilidade. A potência é de 130/132 cv (G/A) a 5.250 rpm e o torque é de 18,6/19,1 kgfm (G/A) a 3.750 rpm.
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A Jeep recomenda a substituição do óleo, do filtro de óleo e do filtro de ar do motor a cada 12.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro, exceto em uso severo como a utilização em trânsito intenso e percursos off-road. Se isso ocorrer, o prazo deve ser encurtado pela metade.
As correias que ‘tocam’ os acessórios devem ser verificadas a cada 24.000 km e substituídas no prazo máximo de três anos, mesmo que visualmente não aparentem dano. O sistema de ventilação do cárter (Blow-By) deve ser conferido a cada 20.000 km.
O central de injeção fica alocada na parte traseira superior do cofre do motor, local relativamente protegido. Mas, se for entrar em um rio profundo, pense duas vezes.
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As velas de ignição deverão ser trocadas a cada 60.000 km, ou cinco anos e o filtro de combustível, que tem acesso externo ao tanque, deve ser substituído a cada 12.000 km ou 12 meses, o prazo que vencer primeiro. Já o filtro do ar-condicionado tem troca recomendada a cada 20.000 km.
Embora pouca gente saiba, o fluido de freio deve ser trocado a cada 36.000 km ou três anos, portanto, tem prazo de validade. As pastilhas de freio devem ser conferidas quanto ao seu estado a cada 20.000 km e trocadas caso a espessura útil fique inferior a 5 mm. No caso do freio de estacionamento com acionamento elétrico, a verificação deve ocorrer a cada 40.000 km.
Texto e Fotos: Fernando Naccari