Teste: Renault Kwid Outsider vale os R$ 44.990?

Teste: Renault Kwid Outsider vale os R$ 44.990?

outubro 7, 2019 Off Por Fernando Naccari

Modelo tem desempenho satisfatório, consumo excelente e visual agradável, mas o preço ainda parece um pouco demais

Fotos: Edgar Klein

O Renault Kwid é o modelo de maior sucesso da marca em nosso País. No acumulado de emplacamentos até o fechamento de setembro, o Kwid ocupava a quinta colocação geral, com 64.870 unidades, atrás de GM Onix (179.391), Hyundai HB20 (77.529), Ford Ka (76.753) e GM Prisma (65.415). Além disso, entre os veículos de entrada, o Kwid é o líder absoluto , seguido do VW Gol que soma 60.276 unidades emplacadas.

Com estes números significativos, a marca trouxe para a linha o Kwid Outsider, que aposta no visual aventureiro para conquistar ainda mais clientes no mercado nacional.

Visual

Por fora, o “SUV dos compactos” tem leves modificações em relação ao restante da linha, com destaque para para-choque dianteiro com novas molduras do faróis de neblina, aplique plástico na porção central inferior, calotas e retrovisores pintados em preto, adesivos Outsider na lateral e rack de teto em plástico (recurso apenas estético).

Por dentro, ele surpreende pelo bom aspecto dos acabamentos, com detalhes em laranja no volante, laterais de porta e pomo da alavanca do câmbio. O mesmo tom é repetido nos bancos, que trazem ainda o nome da versão do veículo na porção superior. Além disso, a atualizada central multimídia de 7″ touchscreen estreia a conectividade via Android Auto e Apple Car Play e que se destaca também pelo “Driving Eco”, que mensura e orienta ao motorista para uma condução mais eficiente.

No entanto, a ausência de regulagem de altura dos bancos e da coluna de direção fazem falta. Outro ponto em que a ergonomia deixa a desejar é nos comandos dos vidros elétricos posicionados no console central, zona incomum. O ar-condicionado é um ponto bastante positivo pela eficiência.

Mecânica

O powertrain não mudou e continua com o tricilíndrico 1.0 12V de 70 cv (E) a 5.500 rpm e 9,8 kgfm (E) a 4.250 rpm ligado ao câmbio manual de cinco marchas. Se os números não são surpreendentes, são mais do que suficientes para fazer o subcompacto ter bom rendimento no uso urbano e com consumo de combustível elogiável: 9,8 km/l com etanol no tanque e com ar condicionado ligado (para o teste completo, confira o vídeo no começo da matéria).

Suspensão

Por aqui tudo continua igual, sem alterações. Mas também não era necessário, pois o Kwid já tem bom vão livre do solo (18 cm) e bons ângulos de entrada (24º) e saída (40º). São justamente estes dois que o qualificam como SUV na classificação técnica do PBEV-Inmetro.

Freios

Aqui sim uma novidade significativa. O contestado sistema com disco sólido na dianteira (e que apresentava respostas contestáveis em testes de fading de freios) foi substituído por discos maiores e desta vez ventilados. Na prática, as respostas também ficaram melhores.

Itens de série

O Kwid Outsider sai de fábrica com ar-condicionado, regulagem elétrica dos retrovisores, abertura elétrica do porta-malas, direção eletroassistida, vidros elétricos dianteiros, central multimídia de 7″, freios ABS, airbag frontais e laterais dianteiros e bancos com abamento exclusivo Outsider.

Veredicto

O subcompacto tem boa lista de itens de série, consumo de combustível elogiável e desempenho mais do que satisfatório no uso urbano, mas o preço ainda é muito para o que ele oferece de novo em relação às demais versões.

Galeria

Ficha técnica Renault Kwid Outsider

Motor: três cilindros em linha 1.0 12V Flex
Cilindrada: 999 cm³
Potência: 66 cv (G) e 70 cv (E) a 5.500 rpm
Torque: 9,4 kgfm (G) e 9,8 kgfm (E) a 4.250 rpm
Câmbio: manual, cinco marchas
Direção: eletroassistida
Suspensões: McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
Freios: discos ventilados (dianteira) e tambor (traseira)
Pneus: 165/70 R14 Continental
Porta-malas: 290 litros
Tanque: 38 litros
Peso: 806 kg